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Amor, debora baruzzi brandão, encontro, Razão, sentimento, união
A Razão estava toda compenetrada fazendo seu trabalho e o Sentimento estava solto ao ar passeando por entre as nuvens, mundos distantes e, sem saberem da existência um do outro, eis que por um instante entreolham-se e, admirados, sentem uma enorme atração por serem tão diferentes. Queriam conhecer um o mundo do outro, que até então era completamente estranho para ambos.
Começaram explicando o que faziam.
O Sentimento maravilhado com tudo aquilo não se conteve de emoção e começou a chorar de felicidade por estar conhecendo um novo mundo totalmente diferente do seu.
A Razão toda preocupada queria saber o que estava acontecendo, pois não entendia o que poderia ocasionar tamanha emoção…
O Sentimento estava totalmente expandido e não tinha palavras para expressar e descrever tudo o que estava sentindo, preferiu sentir, chorar e sorrir, se expandindo por todos os lugares.
Passado alguns minutos de êxtase, começou a contar que em seu mundo não havia tais coisas, pois a nuvem voava e todos se admiravam com ela branquinha voando ao céu, ficavam horas durante a noite apreciando o céu pela beleza do fluxo dos ventos, pelo brilho intenso das estrelas e procuravam qual brilhava mais, faziam desenhos no céu unindo-as, formando imagens, mas nunca alguém em seu mundo ousou contá-las, ou medir as distâncias entre elas, a emoção de olhar para elas era muito grande para pararem e começarem a fazer cálculos, quando viam uma borboleta voando sentiam um amor incrível de ver tão lindo ser voando por entre as flores, batendo pequenas asas em perfeita harmonia e sem emitir um único som pelo horizonte, seus corações sorriam por ver como elas pairavam no ar tão docemente…
E continuou contando poeticamente sobre todas as maravilhas de seu harmonioso e rico mundo.
A Razão anotando tudo começou a contar quantas palavras por minuto o Sentimento falava, começou a fazer gráficos e planilhas de tudo e maravilhada com tanta novidade mostrou ao Sentimento o livro que iria escrever, cheio de teoremas, de cálculos, e tudo o mais sobre aquele encontro e sobre o mundo dele, o que ela fazia tão bem.
O Sentimento ficou triste porque aquele livro não poderia ser lido em seu mundo, pois ninguém iria entender e ficar admirado com números, cálculos e planilhas, nem ele conseguiria explicar aos seus amigos, pois não havia poesia, não havia movimento, não tinha beleza poética nem tocava ao coração, querendo deixar aquele momento registrado também para a eternidade, começou então a colorir, desenhar, poetizar e fazer movimentos com as palavras…
Deus vendo este encontro único e magnífico resolveu aproveitar e criar um novo ser.
Musicas com belíssimos sons começaram a sair destes movimentos, imagens lindíssimas começaram a surgir ilustrando esta união perfeita…
Desta união sagrada entre dois mundos tão diferentes e opostos nasceu um novo ser que tinha a razão e o sentimento em equilíbrio, podia circular por entre os dois mundos com total perfeição que todos ficaram admirados! Uns diziam que era lindo, harmonioso, outros diziam que possuía proporções perfeitas e era um gênio!
Do encontro de dois mundos um novo ser foi gerado, num momento onde tudo era feito com cálculos precisos, com exatidão matemática, mas harmoniosamente belo, ilustrado, colorido e cheio de musicalidade. Com isso dois mundos que antes não sabiam de suas existências passaram a coexistir, muitas trocas foram feitas e muitos seres foram criados desta União da Razão e do Sentimento, dando sequência na evolução dos mundos criados por Deus.
Texto de Débora Baruzzi Brandão
15 de Abril de 2012 – 22:00hs
Para saber mais sobre a Razão visite o link que fala sobre a proporção Áurea
http://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea